sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Eloy CIA Teatral se apresenta para crianças do EEFOC

Neste dia 18 de Setembro na Escola Estadual Francisco de Oliveira Cabral (EEFOC) nossa CIA Teatral esteve diálogando com os seus alunos. Na ocasião apresentamos a mini-peça "Maratona" e "O Boto cor de rosa que era Azul". Foi gratificante ver o sorriso das crianças com o nosso trabalho. Somos eternamente gratos pelo apoio e valorização de nosso trabalho. Na ocasião, o professor Fábio Fernandes leu um poema do gênio nordestino Patativa do Assaré.
As crianças do EEFOC se divertem ao fotografar com nossos artistas.
 As peças chamaram tanto a atenção das crianças, que todos sem exceção participaram assiduamente e contribuíram para  o sucesso de nossas performances.


Eloy CIA Teatral foi selecionada para o II Circuito de Teatro Escolar em Natal (UFRN)

 

Durante esta ultima semana a equipe do IICTE analisou as muitas fichas de inscrições de participação no circuito. A cada formulário, nossa equipe ficava mais encantada com a importância do projeto e o interesse das escolas. Isso nos estimulou mais ainda a investir nossos esforços.

Depois de ler atentamente todos os formulários e de muita reflexão, a comissão organizadora decidiu ampliar o número de escolas a serem contempladas tanto na CATEGORIA GRUPO, como na categoria PONTO DE CIRCULAÇÃO. Foram no total 28 instituições inscritas da cidade do natal e também de cidades vizinhas, sendo 22 selecionadas para integrar a programação do IICTE. Confira aqui a lista das escolas selecionadas:

Categoria Ponto de Circulação
Escola Estadual Maria Cristina
Escola Estadual Vigário Bartolomeu
Escola Estadual Selva Capistrano Lopes
Escola Municipal José Andrade Frazão
Escola Estadual Belém Câmara
Escola Estadual Nestor Lima
Escola Municipal Professora Vera Lucia Gonçalves
Escola Municipal Professora Vera Lucia Soares Barro
Escola Municipal Professor José Melquiades de Macedo
CMEI - Marluce Carlos de Melo

Categoria Grupo de Teatro
Escola Estadual Prof Ana Júlia Mousinho
Escola Estadual Miriam Coeli
Escola Estadual Soldado Luiz Gonzaga
Escola Estadual Winston Churchill
IFRN - Campus Natal-Central (Cia S.A.I.)
IFRN - Campus Natal-Central (Cia Libertinos)
Companhia Conde Suassuna
Escola Estadual João Godeiro
Escola Estadual Francisco Ivo Cavalcanti
Escola Municipal Dr. Eloy de Souza
IFRN - Campus Macau
Escola Municipal Edinor Avelino

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

No desfile cívico do 7 de Setembro

Imagens: Leandro Souza

No dia 7 de Setembro alguns alunos de nossa Cia teatral mercaram presença no desfile cívico representando nossa escola, que abordou a origem dos jogos olímpicos.  Na oportunidade, encenamos uma peça que falava sobre a origem das maratonas na Grécia antiga.
Confira algumas imagens:







Teatro ARTEMANHA AS FAMÍLIAS FABULARES

Teatro ARTEMANHA
AS FAMÍLIAS FABULARES

SINOPSE: Baseada na fábula A cigarra e a Formiga, “As Famílias Fabulares” conta uma divertida história entre as famílias Cigarra e a Formiga, que discutem à relação de consumo consciente da água.

PERSONAGENS

SR. CIGARRÃO - ( Músico, que só vive tocando seu violão)
MÃE CIGARRA - ( Esposa der Cigarrão )
CIGARRETE  - (Filha de Cigarrão)
CIGARRINHA - (Filha de Cigarrão)
SR. FORMIGONNE - (Chefe da família, vive do trabalho e de juntar alimentos.)
FORMIGÃO – (Primo de Formigonne)
DONA FORMIGA – (Dona da casa dos Formiga)
FORMIGUINHA – (Filha estudiosa dos Formiga)
FORMIGA FOFA – (Filha gulosa dos Formiga)
NARRADOR – (Contador da historia)


CENA 1
NARRADOR – Vou contar para vocês uma história interessante, que fala de uma família de grandeza importante. É a luta pela vida do trabalho e do lazer, é a mistura com risadas da labuta e do prazer.
Certa vez seu Formigonne pela estrada caminhava tão cansado do trabalho, “foi num foi” ele parava.

SR. FORMIGONNE – Ai ai ai que vida essa? Só sei trabalhar e juntar alimento, já passei por tanto canto, tenho bom conhecimento. Minha vida é o trabalho, da fartura a privação, se num saio pra comer fico sem comer na mão.

NARRADOR – Certo dia pela mata, um encontro aconteceu, Formigonne caminhava, ele então reconheceu. Um músico bem esperto metido a boêmio cantador. Era o Senhor Cigarrão tocando seu violão, com jeito de aboiador.

Todos – (CANTANDO) Nessa longa estrada da Vida, Vou correndo e não posso paraaaaaaar...

SR. CIGARRÃO – Olha só seu Formigonne, que só vive pro trabalho, não sabe o que é cultura, troca alho por bugalho.

SR. FORMIGONNE – É você seu Cigarrão, um tremendo fanfarrão, vive pra cima e pra baixo tocando seu violão.

SR. CIGARRÃO – Pois é seu Formigonne, não me custa te falar. Vivo de cantarolar sem ter com quê me preocupar.

SR. FORMIGONNE – Muito bem seu fanfarrão. Pois estamos na fartura. Se avexe a juntar comida antes da noite escura, pois você tem que saber que a vida é colorida, mas nem sempre é assim que essa banda vai tocar, com fome tu vai ficar se comida te faltar.

SR. CIGARRÃO – (cantarolando) Pois não tô nem preocupado, quero mesmo é ser artista, pra ser capa de jornais e de famosas revistas.

NARRADOR – Cigarrão foi logo embora, e deixou o seu recado, não queria trabalhar, já havia anunciado. De repente Formigão foi ao seu primo encontrar, disse que era preciso água economizar.

FORMIGÃO – Oh primo meu, Formigonne, que prazer te encontrar! Eu preciso urgentemente poder te comunicar.

Que os Cigarras não entendem que estão danificando uma parte do planeta, só com água se acabando.

SR. FORMIGONNE – Como então posso falar pra essa família maluca, pra água economizar e meter na sua cuca? Pois um bando de teimoso é que eles todos são, desperdiçam a comida de toda população.

FORMIGÃO – Formigonne primo meu, quero muito te falar que a águia do planeta já está perto de faltar, temos que urgentemente nosso planeta salvar.

NARRADOR – Formiguinha estudiosa entra chamando atenção, e concorda com o primo cheio de educação.

FORMIGUINHA – É verdade primo meu, temos logo que alertar para essa cigarreada que a água vai se acabar.  E se eles não entendem nada podemos fazer, mas vamos de qualquer modo tentar compreender, pois família tão maluca não se tem como aprender.

NARRADOR – Dona Formiga orgulhosa entra chamando atenção. Encantada com a filha que aprendeu bem a lição.

DONA FORMIGA – Muito bem minha querida isso que é educação, uma formiga consciente da ecologia de montão, todos temos que saber a nossa obrigação.

NARRADOR – A família orgulhosa pela sua consciência, desperta logo uma intriga numa grande penitencia. É a filha Formiga Fofa ciumenta e gulosa, acha que toda a família a despreza e esnoba.

FORMIGA FOFA – (furiosa) Como pode uma coisa dessas, encher a bola de Formiguinha? Só porque eu sou gulosa sou sempre a coitadinha, qualquer dia vou sair de vez desse formigueiro pra pegar o “mêi” do mundo e ganhar muito dinheiro.

DONA FORMIGA – Ô Fofinha minha querida não precisa se afobar, estamos falando muito da água que vai faltar, e dizer para as Cigarras que elas vão mendigar.

FORMIGA FOFA – Nada disso minha mãe, eu ouvi bem a história, vi vocês elogiando minha irmã estudiosa, só porque eu sou gordinha e um pouquinho preguiçosa.

SR. FORMIGONNE – Nada disso minha filha, mas foi bom você falar, eu já vi de muitas vezes água você derramar, pra lavar o seu cabelo sem nem economizar.

FORMIGUINHA – Isso mesmo papaizinho, o senhor que tem razão, essa gasta a água toda, sabonete e sabão. A passar o dia todo vendo a televisão.

NARRADOR – Dessa vez aconteceu um babado diferente, criou uma confusão nenhum pouco inteligente, as formigas começaram a brigar intensamente. Nisso, a Mãe Cigarra apareceu, ignorou aquela cena, e ligou numa torneira e começou um dilema.

MÃE CIGARRA – (cantarolando) Lavar roupa todo dia, que agonia... (2x)

CIGARRETE – Já chega minha mãe, essa musica é de abusar, vira o dia com a noite somente a cantarolar.

CIGARRINHA – Canta mãezinha, Canta mãezinha. O show não pode parar. Te ouvir me faz tão bem, me faz bem o seu cantar.

MÃE CIGARRA – (cantarolando) Lavar roupa todo dia, que agonia... (2x)

CIGARRETE – (irritado) Já chega pelo amor de deus! Não tem uma canção mais chata pra senhora aqui cantar?

MÃE CIGARRA – (cantarolando) Como criança em seus braços, Eu me sinto um rei de sangue azul
Gosto quando encosta em meu nariz e faz Bilu bilu bilu bilu.

CIGARRETE – Ta bom mãe, mas se é pra brincar, vamos brincar direito, a senhora já canta ruim, ainda mais “sofrencia”, isso ninguém aguenta. O que pode ser pior que isso?

FORMIGAS – (cantando) A muriçoca, çoca, çoca, çoca, çoca,çoca... (2X)

CIGARRINHA – Canta mãezinha, Canta mãezinha. O show não pode parar. Te ouvir me faz tão bem, me faz bem o seu cantar.

NARRADOR – Nessa hora tão sublime Cigarrão apareceu, e pra amenizar a barra ele então compreendeu, que pra tudo ficar bem tinha que desabafar, e falou do bom conselho que Formigonne foi lhe dar.

SR. CIGARRÃO – Atenção família linda, hoje venho vos contar, que os Formigas bem certinhos vieram me aconselhar, para procurar comida e pra deixar de cantar.

CIGARRETE – Ah papai, mas também dera, ter que ouvir mamãe cantar, só dentro de uma caverna. Ela abusa todo mundo, nem é bom se comentar, repete mais de mil vezes, desafina sem parar.

SR. CIGARRÃO – Filha minha não seja chata, deixe sua mãe cantar, não tire o seu prazer pra ela não se incomodar, ficar triste com remorso sem poder se expressar.

CIGARRINHA – Canta mãezinha, Canta mãezinha. O show não pode parar. Te ouvir me faz tão bem, me faz bem o seu cantar.

MÃE CIGARRA – (cantarolando) Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria?
Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria?

FORMIGAS- (cantando) Como poderei viver? Como poderei viver?

 Com as cigarras, com as cigarras, com as cigarras gastando águia? (2x)

CIGARRETE – Ai meus ouvidos! Assim não pode ser, vou lavar a minha moto para eu poder viver, pilotando o ano inteiro sem ter que ouvir mamãe, cantando e desafinando destruindo o alvorecer.

NARRADOR – Nisso, Cigarrão falou:

SR CIGARRÃO – Não ligue pra ela meu amor, ela não sabe o que diz, quando souber o valor de uma mãe ela vai ser mais feliz.

CIGARRINHA – Canta mãezinha, Canta mãezinha. O show não pode parar. Te ouvir me faz tão bem, me faz bem o seu cantar.

NARRADOR – Na casa de Formigonne todo mundo se acalmava, fizeram todas as pazes, pois o amor se encontrava. E ali logo do lado os Cigarras continuavam com a sua melodia e a desperdiçar água. Formigão se enfureceu:

FORMIGÃO – Companheiro cigarreiro, não se incomode eu falar, mas a água que tu gastas amanhã pode faltar.

SR CIGARRÃO – Companheiro Formigão não seja inconveniente, se importe com sua vida seja um pouco inteligente, a água quem paga sou eu não seja tão penitente.

FORMIGA FOFA – Ah primo Formigão larga a mão de ser chato, deixe os vizinhos livres pra pagarem o seu pato, se a água lá faltar à gente vai ajudar.

FORMIGUINHA – Nada disso irmã Fofa, eles lá que se previnam. Desperdiçam toda hora nem se quer se justificam, vão ficar no prejuízo sem água pra beber, tomar banho e lavar, sua casa e sua louça nem é bom ninguém falar. Ai então eu quero ver a razão do seu cantar.

FORMIGA FOFA – Minha irmã não sei por que tanto ódio no coração, e não sei porque mamãe tem orgulho de você;  chata, insolente e besta não posso compreender...

DONA FORMIGA – Nisso você tem razão, não entendo como podes ter ódio no coração, vamos economizar, fazer nossa obrigação.

NARRADOR – O tempo logo passou e a crise apareceu, lá na casa dos Cigarras todo mundo lá sofreu.
SR. CIGARRÃO – Ai que dó no coração! Não tem água pra beber nem pra outra obrigação.

CIGARRETE – Ai que tédio não tem água na mangueira acabou antes de ontem e vai até sexta feira. Minha moto fica suja e não tem como lavar, como vou sair no mundo sem ter água pra tomar?

CIGARRINHA – Ai família que chatice, não tem água no chuveiro, como lavar os cabelos, se tá seco o poço inteiro?

SR. CIGARRÃO – Meu amor, minha querida, me responda de uma vez. O que vamos fazer sem água por aqui?

MÃE CIGARRA e CIGARRAS – (cantarolando)
AH EU JÁ NÃO SEI O QUE FAZER...
A ÁGUA ACABOU, VAMOS FAZER O QUE? (2x)
AGORA É FALAR COM AS FORMIGAS
SERÁ QUE ELES VÃO AJUDAR?
ELES TENTARAM NOS AVISAR...
E O QUE A GENTE FEZ? SÓ IGNORAR.
AQUI NÃO TEM ÁGUA
AQUI NÃO TEM ÁGUA
AGORA FICOU TODO MUNDO SEM ÁGUA... POR ISSO:
VAM, VAM, VAM, VAM...
 VAMOS FALAR COM AS FORMIGAS.

CIGARRAS – Toc,Toc,Toc

FORMIGAS – Quem é? Quem é?

CIGARRAS – Toc,Toc,Toc

FORMIGAS – Abra a porta logo que eu quero entrar, aqui são os cigarras, queremos água tomar.

CIGARRAS – A gente não vai ajudar, quem mandou água gastar?

FORMIGA FOFA – Paaaaara tudo. Como pode uma coisa dessas, o que custa ajudar nossos vizinhos?

FORMIGUINHA – Tudo que eles querem é beber de nossa água, mas a gente avisou que eles iriam ficar sem nada se não economizassem.

FORMIGONNE – Isso mesmo, pra que serviu tanta cantoria? Agora quero saber como vão cantar fedendo a gambá?!

CIGARRÃO – Pois é seu Formigonne, bem que vocês avisaram, agora estamos sujos e sem água pra beber. Só queremos um pouquinho pra gente sobreviver.

FORMIGAS – Na-na-ni-na-não!

FORMIGA FOFA – Paaaaara tudo! Como pode uma coisa dessas? Vamos ser menos egoístas, hoje são eles que precisam da gente, amanhã pode ser a gente que precise deles.

FORMIGUINHA – Tudo bem, você nos convenceu irmã fofa, nós vamos ajudar a cigarreada, mas com uma condição. Nunca mais perturbem nosso juízo com essa cantoria desafinada.

FORMIGONNE – Isso mesmo, a gente agradece.

NARRADOR – E assim tudo acabou, e a paz enfim chegou. As famílias se uniram numa grande mansidão, conviveram muito bem com amor e união. Os cigarras nunca mais perturbaram seus vizinhos formigueiros. E viveram em harmonia todo dia o ano inteiro.

TODOS - E como em toda fábula é preciso aprender, a lição de cada dia pra melhor sobreviver.
Essa água que tu bebes um dia irá faltar... Como todo bom formiga:
 Temos que economizar!


(FIM)